Cripo se prepara pra pistolar. O cajado do macaco se incinera, pronto para golpear o filho de Ares. Então,
Chega
Um raio branco desce dos céus. Ele atravessa ambos os lutadores; semideus e macaco, aproveitando o Ângulo em que estavam - Macaco acima, Criptoniano flutuando abaixo. O filho de Ares sente seu corpo dormente e leve, e despenca dos céus junto ao seu oponente, tão indefeso quanto.
Porém, ao invés do impacto contra o chão duro, ambos sentem seu corpo bater contra algo macio e fofo. Parecia algodão. Criptoniano levou algum tempo para perceber que caíra em cima de uma
nuvem.
Acalme-se, Cadis son Erias. Não permitirei mais nenhuma hostilidade sua
contra meu companheiro, salvador de minha vida e de son Jin, seu pai.
Não foi isto o que ele te ensinou.
O tom de Ruan era solene. Fala como um general, um comandante, um... Rei. Criptoniano conseguiu mover-se o suficiente para se sentar, e olhou para son Erias, que continuava deitado sobre a nuvem, imóvel, os olhos arregalados encarando o príncipe macaco.
Me desculpe, Kal. Não podia deixar que se machucassem daquele jeito. Não vi outra forma de pará-los. Criptoniano ouve a voz do macaquinho em sua cabeça, e sabia que daquela vez apenas ele podia ouví-la. Havia agora um tom de tristeza nos pensamentos de Ruan, e sua expressão era de uma tranquilidade serena que beirava a conformidade.
Você me disse uma vez que gostaria de visitar minhas terras, não é? Parece que esta oportunidade chegou cedo. Mais do que eu desejaria. Ruan ergue a mão e a nuvem particular deles se desloca para cima, ganhando velocidade até os ventos uivarem nos ouvidos de Cripto, que tenta se segurar nas dobrinhas fofas de seu "automóvel".
Ruar ergue a mão, e a nuvem segue em direção à lua. Ele segura na mão o macaquinho dourado, que brilha intensamente.
Mostre-me a passagem. Mostre-me Yu Yang. A lua os engole. E tudo fica verde.